segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Quais certificados são realmente verdes?

Quem já viu nas propagandas de carro um selinho do Ibama? Pois é, aquele selo nada mais é que uma obrigação da montadora em seguir certos critérios na produção e na regulagem do motor, como o uso de catalisadores.  Em outros casos, as empresas fazem alarde sobre objetos ecologicamente corretos, mas que, na verdade, ainda devem ser mais bem estudados para serem definidos assim como é o caso das sacolas de plástico biodegradável.

Além dessa questão, muitos selos parecem apenas ilustrações que não identificam exatamente o que são. É o caso do símbolo da reciclagem. Usado hoje em dia em vários produtos, esses símbolos podem dizer tanto que o material usado foi reciclado quanto que a embalagem e/ou produto pode ser reciclado. Cabe ao consumidor ler com atenção a embalagem.

Conheça alguns dos principais selos

FSC – Conselho Brasileiro de Manejo Florestal
Certifica as áreas e produtos de manejo florestal. Existem no Brasil cinco certificadoras credenciadas  pelo FSC. São, pelo menos, 10 critérios básicos para a obtenção, entre eles, manutenção das florestas e direitos das comunidades  tradicionais e/ou rurais.
 IBD – Instituto Biodinâmica
Certifica alimentos de origem orgânica. Na verdade,são dez selos diferentes que têm objetivos e finalidades diferentes. Desde o selo Demeter, originário da Alemanha, até o Ecosocial, que analisa o comprometimento social na produção. Existem outros selos verdes. Confira abaixo:

Alguns desses selos garantem que os alimentos seguem as normas de outros países também, podendo ser exportados e comercializados como orgânicos no exterior.
Se você for comprar numa feira de produtores orgânicos, não é preciso procurar pelo selo da certificadora. Todos os produtores que estão ali vendendo os alimentos estão sendo inspecionados pela associação responsável pela organização da feira.

Fairtrade
É o selo do comércio justo. O respeito ao meio ambiente faz parte dos valores, mas a principal intenção desse selo é criar uma relação justa, solidária e sem atravessadores entre os pequenos produtores. Cria um sistema de commodities para produtos orgânicos ou não, desenvolvidos por pequenos proprietários.
O comércio justo é um movimento que guarda semelhanças com diversas outras iniciativas de desenvolvimento sustentável. Os princípios e exigências de certificação de comércio justo são, em boa parte, congruentes com a agricultura orgânica. Na Alemanha, por exemplo, compra-se muito café com as duas certificações.

O comércio justo mantém laços com o consumo consciente, movimento que introduz responsabilidade sócio-ambiental no ato de consumo. Um produto de comércio justo é certamente um alvo para consumidores conscientes.

O comércio justo também possui sinergia grande com os Arranjos Produtos Locais (APL’s), concentração de organizações de um mesmo ramo de atividade em um determinado espaço.


ABNT Gestão Ambiental
É o selo que certifica os procedimentos que acompanham os princípios do ISO 14001. Não
necessariamente a empresa utiliza o selo em seus produtos, mas é possível. O ideal é procurar no site da ABNT as empresas que recebem o certificado.





Leed - Green Building Rating System
É o selo norte-americano para construções sustentáveis. Entre os princípios estão otimização
energética, uso de material reciclado, entre outros.


Procel
É o selo do Inmetro de eficiência energética de determinado eletrodoméstico.
A classificação vai de A a G, do mais eficiente ao menos eficiente respectivamente. E se popularizou graças a economia na conta de luz com a escolha do produto.

Os selos de advertência
Além dos selos digamos “positivos”, existe uma série de determinações para avisar o consumidor do perigo ou suposto dano que esse produto pode causar. É o caso da obrigatoriedade de avisar se o produto tem glúten ou é transgênico, por exemplo. Esse último, aliás, só agora começa a ser adotado, após muita pressão, pelas empresas.
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