segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Educação inclusiva e especial

O tema de igualdade e desigualdade são muito discutido em congres­sos em várias categorias. Somos iguais? As diferenças entre os homens, se fazem presentes a todo o momento. As pessoas são diferentes de fato, na questão física, psicológica e valores sociais. As discussões sobre "diferenças" tomaram um maior corpo a partir de 1970.

Para Ferreira e Guimarães (2003, p.38) "visto sob um novo paradigma o mundo não deixa de ser o que sempre foi nas diversas fases da história, mas se vive em outro ambiente, a partir do momento em que é interpretativo e com o qual o homem relaciona-se de outra forma".

Estamos vivendo uma época de flexibilidade de fronteiras, mas tam­bém de incertezas em relação ao avanço que essa abertura trouxe referente ao conhecimento. Estamos vivendo a era do conhecimento, onde uma parte da população tem acesso e a outra se exclui. Exclui-se por si só, por fatores econômicos, sociais e culturais e se distancia do mundo do conhecimento.

Esse acesso trouxe mudança conceitual, e uma visão de mundo dife­rente. Nesta mudança conceitual, a sociedade está se tornado cada vez mais complexa e diversificada. A diversidade humana é um fato numa sociedade plural, compõe essa diversidade todos os segmentos populacionais repre­sentados por etnias, raças, nacionalidades, naturalidades, culturas, regiões e outras.

Nestas questões busca-se a equiparação de oportunidades que é "Processo mediante o qual os sistemas gerais da sociedade, tais como o meio físico, a habitação e o transporte, os serviços sociais e de saúde, as oportunidades educacionais e de trabalho [ .. .]" (Declaração de princípios -In­ternacional, 1981).
Neste sentido a educação tem um papel preponderante a desempenhar.

Ela pode trabalhar o modelo pré-existente, ou criar um ambiente para realizar uma reflexão, buscando propostas e alternativas com ações mais efetivas.
 
Aqui podemos ressaltar, que as pessoas com necessidades especiais são consideradas diferentes pelas suas "deficiências", "dificuldades" apresentadas, no contexto social. Neste aspecto vamos nos deparar com o preconceito", elas em muitas situações são rejeitadas na essência, pelos familiares e colegas. Temos a afirmação: "ao analisarmos o fenômeno da discriminação sofrida pelas pessoas com deficiência, no seio da sociedade em que vivem, não se deveria decerto ignorar a marginalidade social de que são vítimas essas pessoas, produzida pela ideologia da classe dominante, no que respeita, nesse caso, à valorização do que se reputa um "corpo perfeito".

Conseqüentemente, não se pode dissociar a condição de indivíduo com deficiência de uma idéia exterior de capacidade produtiva e da concepção de corpo funcionalista, que sustenta as relações sociais, políticas e econômicas." FERREIRA E GUIMARÃES, 2003, p.77)

No Brasil se deu maior importância à educação especial a partir das leis de Diretrizes e Bases (LDB, 1996). A educação especial foi apresentada nos artigos 88 e 89, destacada na educação normal. A escola foi sofrendo mudanças mais significativas em relação às questões da educação especial.
Mas a educação sempre vai estar se deparando com as diferenças.

O que é educação inclusiva, afinal? É uma atitude de aceitação das diferenças, não uma simples colocação do aluno em sala de aula. Todos poderão aprender se acolhermos os diferentes estilos da aprendizagem, e as inteligências múltiplas de cada pessoa (aluno, pais, professores e filhos).

O que é a educação especial? Conjunto de conhecimento, tecnologias, recursos humanos e materiais didáticos que assegurem resposta educativa de qualidade às necessidades especiais através de ações vinculadas à qualidade da relação pedagógica para apoiar, complementar, suplementar e, em alguns casos, substituir os serviços educacionais comuns.

Com relação aos princípios da educação especial são:

a) Ética da identidade: a pessoa de cada aluno, a pessoa do educador, auto imagem e auto estima e o empoderamento, que são as escolhas decisões controle da situação pessoal.

b) Política da igualdade: todos os seres humanos têm direitos e deveres.

Nesta questão o que é cidadania? Acesso a todos os direitos humanos, independente de sexo, idade, raça, religião, condição física ou quaisquer outras características pessoais e sociais. As pessoas precisam buscar seu reconhecimento de:

CHA

C= competências  H = habilidades  A= atitudes

c) Estética da sensibilidade: estimula a solidariedade, responsabilidade, independência, espírito de curiosidade, prudência, colaboração, compromisso pessoal e social, liderança, participação na resolução de problemas. E desenvolve capacidade de conviver com incertezas, superar inquietação, antever e preparar-se para a mudança. Identifica valores que fomentam a iniciativa, a criatividade e a liberdade de expressão. Utiliza conceitos do verdadeiro, do bom e do belo na produção de conhecimentos, bens e serviços.

Quanto aos fundamentos da educação especial, todos os alunos devem aprender juntos, sempre que possível independente de qualquer dificuldade ou diferenças. Os professores devem reconhecer e responder às necessidades diversas de seus alunos, acomodando ambos os estilos e ritmos de aprendizagem e assegurando uma educação com qualidade para todos através de um currículo apropriado, arranjos organizacionais, estratégias de ensino, uso de recurso e parceria com a comunidade.
 
Em relação aos procedimentos temos os seguintes:

a) Arquitetônica: sem barreiras ambientais físicas;

b) Atitudinal: sem preconceito, estigmas, estereótipos e discriminações;

c) Comunicacional: sem barreiras na comunicação interpessoal;

d) Metodológica: sem barreiras nos métodos, teorias e técnicas;

e) Instrumental: sem barreiras nos instrumentos, ferramentas e utensílios;

f) Programática: sem barreiras invisíveis em políticas leis e normas. Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

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